En “Casa/casulo”, la artista Gilma Mello presenta una serie de autorretratos con fotografía híbrida, tomados en septiembre de 2020, durante el encierro resultante de la pandemia.
Tempo de primavera
As flores não se importam Se você pode vê-las, se você está em casa, se você está com alguém ou não Elas seguem seu curso. Tempo. Mas o que importa mesmo? O sol nasce, e se põe todos os dias. A lua segue sua rotina de fases. Dias, horas, meses, minutos e o relógio também não se importa se você está em casa, se você está com alguém ou não, ele segue. O que realmente importa Não importa mais Os rios seguem seus cursos As árvores perdem as folhas no outono E também não se importam. Os dias passam rápido As noites são longas, sem fim embaladas pela minha insônia Mas não importa Com poucas horas dormidas, |
acordo de manhã com impotência misturada com cansaço e tédio Mas não importa Estar só ou não, dormir ou não estar entediada ou não. Vejo o tempo passar pela janela Contando o tempo, entender que posso apenas cuidar Num tempo fora do tempo Em um universo paralelo, só meu continuo sem me importar Se estou só ou não Mas penso, penso todos os dias no que realmente importa neste estar isolada Tempo louco que nos leva em frente Só me resta esperar, sem pressa Tempo de quarentena Tempo de esperar Tempo para pensar Refletir e meditar Tempo de limpar e cozinhar Tempo de ser feliz Tempo de amar |
Nacida en Rio de Janeiro, radicada en Florianópolis, Gilma Mello ingresó a las Artes Plásticas a través de los talleres de arte del Centro Cultural Integrado en 1983, cuando participó en varios cursos y talleres. En 1986 funda el grupo de estudio e investigación junto con la artista Iolanda Pereira. Actualmente desarrolla trabajos híbridos, mezclando fotografía, collage, pintura con pigmentos minerales y estampas con planchas de hierro sobre lienzo.
Para obtener más información sobre el trabajo de Gilma Mello, visite: www.mellogilma.com